visitantes

quinta-feira, 24 de março de 2011

onde não há asfalto


dor sempre passa
casca que descasca
máscara
mas cara...
pele mascando a vida.

revidar com língua
pra fora a goma
insípida que adorna
fundos de bancos esquadrias de ônibus
e sorrisos...

entre molares
até soltares
toda rima todo gosto
e despencares
como gozo

nas calçadas em que ouso
mais

pisar pisar pisar:

5 comentários:

  1. Há manchas que se desmancham outras que ficam perpetuadas no corpo e na alma e essas se aplicam à poesia de Beatriz Bajo...ela semeia os seus versos em qualquer superfície onde há areia se faz sereia onde há terra trava uma guerra contra a aridez das pessoas e objetos onde não há asfalto salta do carro e assume a diligência e doma os cavalos intrépidos e conquista novos territórios

    ResponderExcluir
  2. queridão...suas palavras são um escândalo!!!

    beijo no verso dos seus olhos

    ResponderExcluir
  3. Colada ao sapato pelo passo desatento a rua me retém.

    Asfalto quente que me mastiga a borracha dos saltos, cospe-me fora, que já perdi toda a doçura.

    ResponderExcluir
  4. pele mascando
    máscara escondendo

    tudo o que é a Vida.

    muito bom poema, amiga!
    Jorge

    ResponderExcluir
  5. Roberta, agradeço a visita! ;)

    Jorge, querido sumido, um beijo que abraça! obrigada

    ResponderExcluir