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terça-feira, 26 de abril de 2011

curinga


Qualquer lugar que se abre no sempre de todo dia

entre violares e violinos,
em nome de uma gente atravessada pelo medo
pela miséria pela bala perdida
piedade é o timbre estridente entre a corda
e o arco da canhota medida que pede
a um sol poente
opaco
não refletido no olhar que se entreabria
diante do vermelho vivo transbordando
olhos vermelhos
sala encarnada
peitos escarlates
espar r amados esparramantes inflamaram
manhã desajeitada pelo sangue diluído
magma lágrima
senhora, não ignore o que se cria na perfeição preterida
desaprendida regência daquele abraço prometido
tantas vezes tido
dedilhado em papel machê que não envelhece
tudo é cria entre acordes e acordares
nascidos da mesma armadilha
lambidas de gatilho
leite oblíquo fugindo pelo ladrilho
ensopado
carretéis ao revés
piedade entre bocas
sob os pés
mesmo idioma hasteado
axioma que reverbera pelo blues
sem máscara de agudeza estendida
que se tange no ser e converte pela mão
vem morado nas digitais consteladas de nação
mergulho na brancura convicta
que não deflora
indecorosamente
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migalhas apavoradas pelo pó de agoras

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