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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

sangue do céu na miniantologia poética do CCSP

ahh, linda novidade!!
Claudio Daniel, curador do Centro Cultural São Paulo fez um apanhado de poemas para a agenda de programação do CCSP de fevereiro de 2012 e ficou uma preciosidade.
sou muito agradecida pelos poetas que são generosos com meus versos.
confiram confiram confiram!!!


Escrita na Pele das Coisas(Novos poetas brasileiros)

A poesia brasileira contemporânea apresenta múltiplas tendências de criação estética, como o minimalismo, voltado ao retrato conciso e fragmentário de paisagens, o neobarroco, que busca imagens e sonoridades raras, a poesia coloquial, que incorpora temas e vocábulos da realidade urbana, a poesia eletrônica, que utiliza os recursos da tecnologia, entre várias outras modalidades criativas (sem nos esquecermos das formas tradicionais que ainda são praticadas hoje, como o haikai, o soneto e o romance de cordel). A Curadoria de Literatura e Poesia do Centro Cultural São Paulo apresenta, na edição de fevereiro da Agenda de Programação do CCSP, uma pequena mostra de novos autores brasileiros, representativos do que se faz hoje em nossa cena literária.

Claudio Daniel
Curador de Literatura e Poesia do CCSP


o texto da charmosíssima Alice Ruiz é de rasgar o verbo...aiai, vale à pena reproduzi-lo aqui.

TEXTO PARA INICIADOS.
NÃO PODE SER ACABADO.

1 - achar a palavra que reverbera a aura das coisas. Palavra flor, palavra cor, palavra luz. Um som total num só tom, em todas as línguas. Palavra poema, um verbo que seja, por exemplo, verbena.

2 - precisa-se da palavra que seja precisa, mais que casa, teto, lar, porta, madeira, que seja fogueira em brasa.

3 - procurar a palavra exata que encontre a veia aberta e a violência do seu silêncio atravesse como um grito o verso certeiro.

4 - grafar só o momento ou, talvez, a eternidade, sempre que ela se for com o vento

Alice Ruiz, poeta, haikaísta e compositora, tem mais de 20 livros publicados, quatro deles fazendo parte do PNBE. Recebeu por duas vezes o prêmio Jabuti de poesia. Na música, tem parcerias com Itamar Assumpção, Arnaldo Antunes, Alzira Espíndola, Zé Miguel Wisnik, Zeca Baleiro, Zélia Duncan, entre outros.

para quem não acessar o link, deixo meu poema enviado:



SANGUE DO CÉU

sangue do céu é chuva
cerúleos olhos
tinta pra palavra gris
o corpo da chuva é água
abraçando estrelas cadentes
letras na língua sonora
rabiscando o canto calado
firmamento firma mente
escorrida pelos olhos do tempo
que embrulha luzes de largos comprimentos
raios risos alagados gotasemente
serpentes rastejando pelas paredes
da atmosfera fera rasgando
a cara suja
a vida dura

Um comentário:

  1. Ai ai parece que estamos em sintonia. você publicou alice ruiz e eu partilhei o texto da alice no meu facebook depois de assessar o link! :))

    Muitos parabéns por mais esta alegria!

    Beijobeijo
    Jorge

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