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quarta-feira, 11 de abril de 2012

acerca do novo livro

enfim, a nossa editora Rubra Cartoneira está trabalhando com afinco e delicadeza nos seus primeiros livros, que são pra lá de maravilhosos.
colocamos as apresentações de quase todos no blogue da editora - http://rubra-c-editorial.blogspot.com.br/

estou muito ansiosa e feliz por estar publicando meu terceiro livro..obviamente apreensiva por isto.
enfim, deixo meu prefácio aqui e espero humildemente que este contribua com alguma cintilação aos olhos ledores, as mentes curiosas e os corações inquietos.


prefácio da autora

o livro é uma tentativa de resgatar sóis, reacender estrelas que estão sendo opaciadas no fazimento da geleia real cotidiana. os apagamentos causados pelo sistema educacional brasileiro são um assassinato como qualquer outro e provocam máculas pra toda vida.
por isso, resolvi rasgar verbos nos versos vomitados de ira contra o processo falido da educação mascada tantas vezes em minhas experiências em sala de aula; mas abri os botões dos motivos concernentes aos aprendizados, e bordei no livro as peregrinações do ser por e para dentro de si; um caminho para a ascensão da luz interior através dos encontros com os autodidatas.
também pensando no devir, conceito surgido desde Heráclito - o filósofo discorre que a única coisa imutável na realidade é a mudança, asseverando: “Tu não podes descer duas vezes no mesmo rio, porque novas águas correm sempre sobre ti” - e retomado por Nietzsche em “torna-te quem tu és”, o livro fotografou cenas cujo tema é aprendizado e caminho para o vir a ser.
para se aprender, são necessários infância (mesmo que seja a de dentro) e asas. neste sentido, a palavra costura e cria mundos; logo, criança aqui é seiva aos versos e a chave mestra da vida e de todas as instituições falidas. só o olhar atento às singelezas pode salvar-nos do mundo sombrio.
este trabalho revela imagens a um diário ontológico impreciso, em que não há domingos.

Beatriz Bajo


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