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sexta-feira, 27 de abril de 2012

concreto

foto: Ana Gotz

lambe-a inteira pra sempre

morde sua liberdade
entre as arquiteturas versificadas que construírem
de aço e pó
come-a com a farinha dos dias
caídos da mesa
mas não venhas beijar minha boca
salivada pela tinta fresca das horas
extraordinárias
pra enrijecer teu poema concretíssimo

Um comentário:

  1. tinta fresca das horas...é como se espirasse Miró numa tela de Mondrian!Belo verso que subverte o tempo e se diverte com o seu próprio destino!

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