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domingo, 1 de abril de 2012

equilibrarte


ofereço-te uma rosa dos ventos alvos
alvas sementes sobre a cúpula íntima do céu da boca dormente
cópula de estações primitivas enlaçadas pela estrela desenhada
no meio do teu peito que refulge e foge

nó embarcado nas oscilações da saliva sibilante
pelas cordas fundamentais dos arcos vertidos nas vertigens
das cartas marítimas dos meus barcos naufragados pelas fragilidades
solares

no ponto sul do meu ventre há uma semente de flor-de-lis
para equilibrarte no jardim de lírios silenciosos dos meus ossos
arquitetados para acolher teus músculos e ósculos nos escuros
criados

felicidade é pantera que ruge urgências pelo corpo da vida
suas garras arranham os tempos fora do instante
e os caninos robustos são o amor rasgando almas intactas
distraídas

2 comentários:

  1. felicidade é pantera que ruge urgências pelo corpo da vida
    suas garras arranham os tempos fora do instante
    e os caninos robustos são o amor rasgando almas intactas
    distraídas

    que desfecho fantástico do poema emblema umbilical

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  2. A sensualidade tem nome próprio: Beatriz Bajo.
    "no ponto sul do meu ventre há uma semente de flor-de-lis para equilibrarte no jardim de lírios silenciosos dos meus ossos arquitetados para acolher teus músculos e ósculos nos escuros criados[...]"
    quer versos lindos, melódicos...

    Sérgio Luyz Rocha

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