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terça-feira, 21 de novembro de 2006

Sentidos sem tidos

Alma incendiada...
Helena Margarida Pires de Sousa
20mai2007

olhos silêncio bocas
orelhas percebendo gestos
narizes amargos de só um
corpos sangrando por dois,
guilhotinados
tamanduando o antigo de novo
tingindo os beges de antes
D i s s o l v e n d o
madrinhas sensatas
protetoras
Contra deslizes
tropeços, entrantes
derrapadas
pés molhados já
loucuras de poças
pupilas nubladas, foscas
odores queimantes
brilhantes churrascos de flores
dores solitárias ansiando
conjuntos labiais
festa de sons dissonantes
Era mais uma vez...
21/04/04
03:25h

Um comentário:

  1. Voltei para viajar mais um pouco nos teus escritos... curiosa para desvendar um pouco deste ser tão afiado, fino, duro e líquido, ferino, suave, sangrento, sedento, que tece estas linhas loucas... in-sanas, sem e con-sentido!...
    Sim, gosto de tua tessitura, urdidura dolorida, mas também desejante, de um além de si quase inatingível, intocável... Tuas construções e combinações lembram as telas surreais, os sonhos apenas aparentemente desconexos...
    onde se descobrem, pacientemente, caminhos e sentidos bem complexos... Beijo de mel, Linda flor.

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