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quarta-feira, 27 de junho de 2007

Lacrimarejada

Alexandre Costa
19jun2007


Rio que lacrimareja
estrangulado direito do mar
partido
com inveja de mar ido
que fica salgada saudade de
mergulho antigo

dor em que se afoga o afago
já não mais doce desejo de lago

a maré morte ondulada de raso
coágulos aguados nas veias
que enterravam mentiras de areias
pilhérias de misérias cadentes

deslavadas esperas de fundo
em bancos carcomidos de tempo


abr/2007

14 comentários:

  1. me senti mareado pela sonoridade, e enxerguei esse rio se corporificando de vitalidade sangüínea. Sabe jogar com as palavras lindamente, mto bom!

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  2. Suave veneno...
    Muito bom.

    Um abraço.

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  3. Soronidade excelente, bem construída. Essa parte é a melhor "se afoga o afago / ..doce desejo de lago"

    Muito belo.

    Até mais!

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  4. Lembrou-me um sax sangrando numa madrugada de fumaça mareada. Muito bonito.

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  5. Tem um convite para brincar lá no Reflexões.

    Um abraço.

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  6. Olá, Linda, muito bonito o poema. Tem um fluxo interessante, que parece não querer parar!

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  7. a placidez da corrente
    me aprisiona

    esse meu desejo de corredeira
    só pode acabar em pororoca

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  8. Olá, querida. Indiquei teu blog para a lista de Sete Maravilhas da Blogoesfera. Veja a lista lá no meu blog. Beijinhos alados!!!

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  9. me deu uma tristeza boa...
    que delicia...

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  10. Anônimo12:12 AM

    Que lindas suas poesias e contos...
    amei seu blog!

    Parabéns!!!

    Veja meu conto "Barranco Branco" na Garganta...

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  11. você pareceu o mar,
    só que ainda mais jovem.

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  12. Anônimo6:34 PM

    Boa sonoridade
    gostei das imagens que criou no poema
    sentir-me chegando à poesia

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  13. minha análise há de se limitar ha uma leitura atual da poesia, eu diria que se comparando com antonio cicero, carlito azevedo, claudia roquete pinto, vc ta no encontro da poesia dos anos 90 seculo xxI,

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  14. Anônimo10:10 PM

    De volta aos blogs amigos.

    Você continua ótima!
    Beijos!

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