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quarta-feira, 6 de junho de 2007

Sob o manto do meu tempo

...estrelinhas...
Bruno Abreu
04mai2007



Sob o manto do meu tempo

Esconderam-se os invernos
Disfarçados de gelados amantes
Dissiparam-se no vento
Pequenos momentos que ardiam
Quando as carnes contorciam
Os seus nervos tensos
Doce ilusão a minha
De passar ilesa pelos dias cinzas
Tão iluminada e intensa de sorte
Vi nublar a morte que vestia fantasia
E quando minto sentimentos
Que no peito são sadios
Pulam sólidos cá dentro
Trimilicando nos vazios
Implorando pelas vidas
Pedindo mais comida
Pra ceia do impedimento
Mas é sempre um novo sumiço
Serelepe mantimento
Trazendo longas noites
Assobios, menos cores
E emoções só lidas
no encantamento
Murcham, rebentam
Viram amargas poções
Das bruxas dos porões
Desisto do feitiço
e bebo a escuridão
de um dia sem verão.


00:30h
14/01/05

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