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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Tac táctil

unhao


tac táctil
feliz momento
nunca antes
sem espera
desconte...dexconte

tac táctil
instante intacto
desesperado
segredo

tac táctil
infâme curios
idade
desconsertada
farrapos que se derramam
como patifes, espatifados
cacos e vidros e ponteiros
do seu quarto

tac táctil
enredo quente
vermelho roído
de carnes que sangram
no pé do ouvido
ressoando
o ato quebrado
e comovid(r)o
de segurar o tempo

tac táctil
se desfez
frouxa fibra
hora rosa
pôs-se




23:08h
08/06/2007

6 comentários:

  1. Surpreendente, beleza que consiste num ato que é belo até desfeito.

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  2. Belo e raro exercicio com o poético, com o verso não-convencional.

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  3. o tempo é o tipo de coisa q nunca vamos entender e que sempre vamos ficar nos perguntando sobre.

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  4. Bia,
    esse teu jogo de palavras chegam me deixar sem fôlego.

    é lindo.
    lindo.
    você faz delas o que quer.

    Um beijo.

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  5. Mais um belíssimo poema, ainda roído e vermelho.

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  6. Anônimo1:09 AM

    tic fantas-tic

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