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segunda-feira, 22 de junho de 2009

onde mora a amora?

fonte desconhecida


o beijo mais lambuzado

amedronta dizima as inserções

sem circunflexo o voo não alcança

o impulso, mas o infalível

feitiço de atravessar

a falta de air na vertigem

que des’espera era era era

na véspera da correspondência

de amores somam-se três aos

corpos abraçados pela última vez

umidamente


amoras que a maré levou

num suspiro intenso

onde mora a amora?

seria menos amargo

sabor preto

ainda insipiente

informação que não conserta

vitral da Consolação

oração de medida menor

mal cabida

vitimando os peitos

emboscados

nas pistas nas filas nas listas

papéis picotados


traslados de matéria

jamais decorada

ao resgate da parte

da par te

que parte

adiantada

já com senha

:

447

03:46h
12/06/2009

6 comentários:

  1. Oi, Beatriz,poema bonito e triste...quando puder, veja a "paisagem" lá no meu blog. Um beijo, saudades!

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  2. "a falta de air na vertigem

    que des’espera era era era"

    hehehe, é, grande viagem. []s

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  3. Uma trip poética. Amor & urbanidade se mesclam, sem delimitar o que é interno e externo, num caos habilmente construído.

    Beijão.

    Ricardo Mainieri

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  4. Anônimo2:11 PM

    Estou confuso. Você é também a Linda Graal? De qualquer modo, achei fantástico o poema indicado (onde mora a amora?). Ele vai nos conduzindo pelos beirais, pelos meandros e nos lança na explosão final, surpreendente e reveladora. Parabéns!

    Abração fraterno

    Rubens jardim

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  5. Anônimo6:31 PM

    oi linda beatriz: gostei muito... parabéns... beijão carinhoso do josealoisebahiabhzmg...

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