1/2.
cada beijo é como comer borboletas
para que as matizes de dentro se libertem, se debatam
no assanhar das asas
entre os predicados que traquinam no diafragma
que raia em transversais contrações
ventos adverbiais
1/3.
Assim que se deitou
Sobre meu pé tão delicadamente
Trouxe-me algo de fenda
Algo de talho, latente
Entre os batentes da minha janela
Adentrando pelos basculantes
Roendo as sementes
2.
O dia inteiro nascia dentro de mim
cada beijo é como comer borboletas
para que as matizes de dentro se libertem, se debatam
no assanhar das asas
entre os predicados que traquinam no diafragma
que raia em transversais contrações
ventos adverbiais
1/3.
Assim que se deitou
Sobre meu pé tão delicadamente
Trouxe-me algo de fenda
Algo de talho, latente
Entre os batentes da minha janela
Adentrando pelos basculantes
Roendo as sementes
2.
O dia inteiro nascia dentro de mim
Madrugada de 18 de janeiro de 2008
Mais um belo poema para curar nossas sangrias.
ResponderExcluirsou amigode samantha abreu. passando pra ver e sacar de qual é.
ResponderExcluirbeijabraço.
Cássio Amaral.
Comer borboletas é de uma paixão visceral e,simultaneamente, de uma delicadeza de luz de manhã. Lindo, lindo. Com carinho, ERNANI FRAGA.
ResponderExcluira leitura de ti revela
ResponderExcluiressas fendas desbordadas
cujo interior
húmido
pulsante
guarda e resguarda
florescência, iminência
luz nova
leve
enlevada
beijos, querida!
quis devorar borboletas no outono ao som de eric clapton, quis devorar borboletas e comer bob dylan, mas isto é tão su quanto real, muito bom! beijos
ResponderExcluirahhh eu sou uma lagarta... mas eu vôo com voce!
ResponderExcluircada beijo, cada abraço, cada sonho, cada ponto final; cada dia que passa, cada hora que se arrasta, cada oportunidade perdida, cada marca sentida...
ResponderExcluir"o dia inteiro nascia dentro de mim".
belos versos. Encontrei o seu espaço sem querer, mas, como é proprio do acaso, que bom que assim tenha sido. Voltarei outras vezes.
eu tambem tenho um blog, chama-se Experimentando Versos. nele eu publico algumas de minhas poesias. se voce puder, faça uma visita ao meu espaço:
http:experimentandoversos.blogspot.com
um abraço,
Novamente coloco minha cabeça debaixo dos teus pés...
ResponderExcluirMacios
Fechados e limpos...
O sempre teu...
Andróide.
Que bom reencontrar seus textos!
ResponderExcluirUm abraço.
um pouco de possível senão eu não vivo...
ResponderExcluiro arquiteto valery em Eupalinos constrói um estilo de vida onde os encontros são o graal da vida.
"Borboletas no estômago" me movem...
ResponderExcluir;)
Mais uma borboleta. Mais um dia. Sempre e sempre, muitos dias, porque me parece que as borboletas são infinitas.
ResponderExcluirBeijos, menina.
graal, suas palavras grunem com delicadeza. Gostei muito, muito mesmo.
ResponderExcluiro roedor de ventanias
Borboletas na boca e algo que entra pelas frestas da janela: a vida não só continua, como renasce.
ResponderExcluirLindo este blogue.